
A epilepsia canina é uma condição neurológica angustiante para o dono do animal, pois suas manifestações são impressionantes e podem ocorrer a qualquer momento.
De origem genética, a epilepsia idiopática é desencadeada por uma descarga elétrica anormal em uma parte do cérebro. É caracterizada por convulsões que afetam uma área localizada ou todo o corpo.
Saiba mais sobre essa condição comum em cães.
O que é epilepsia idiopática em cães?
Existem várias formas de epilepsia em cães:
- Epilepsia sintomática: ocorre após um acidente vascular cerebral, malformação congênita, tumor, inflamação cerebral ou lesão cerebral.
- Epilepsia reativa: é desencadeada em caso de hipoglicemia, presença de produto tóxico no sangue ou doença como insuficiência renal ou hepática.
- Epilepsia idiopática: é a forma primária da doença. Não está associado a nenhum motivo específico.
A epilepsia é a condição neurológica mais comum em cães. Na verdade, afeta entre 1 e 5% da população canina com prevalência de epilepsia idiopática. Isso ocorre entre 6 meses e 6 anos em animais e resulta de uma herança genética. Além disso, certas raças são predispostas à epilepsia idiopática: Pastor Alemão, Pastor Australiano, Poodle, Golden Retriever, Labrador e Dachshund (lista não exaustiva).Além disso, estudos mostraram uma anormalidade genética no Lagotto Romagnolo, no Pastor Belga e no Boerbull.
Como se manifestam as convulsões?
As convulsões são acompanhadas por diferentes manifestações dependendo da raça e do cão. Além disso, duram de alguns segundos a 2 ou 3 minutos e envolvem uma área localizada ou todo o corpo do animal.
- Cachorro deitado de lado.
- Perda de consciência.
- Chewing.
- Movimentos espasmódicos.
- Hipersalivação.
- Emissão de urina.
- Defecação.
- Pupilas dilatadas.
- Respiração irregular.
- Contrações musculares.
Quais tratamentos para cães epilépticos?
Confirmação do diagnóstico por eliminação:
Ao contrário de outras formas de epilepsia, a epilepsia idiopática em cães é desencadeada sem motivo identificável. Portanto, o veterinário procede por eliminação para fazer um diagnóstico definitivo. Como?
- Procura todos os fatores que podem desencadear a epilepsia em seu companheiro.
- Ele está interessado em sua raça, sua idade, possíveis doenças ocultas (tumor cerebral, etc.), possível ingestão de veneno, uso de medicamentos.
- O proprietário é questionado sobre a duração, a forma das crises e o momento de seu aparecimento.
Todas essas informações valiosas são complementadas por um exame de sangue, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Sem causa comprovada de convulsões, a epilepsia idiopática será confirmada.
A medicação:
O cão terá tratamento vitalício para reduzir a frequência e intensidade das convulsões.
- Droga antiepiléptica em tratamento prolongado.
- Injeção de valium retal para convulsões graves em casa (com duração superior a 3 minutos).
Viver com um cachorro que tem crises epilépticas
O acompanhamento regular do seu cão permitirá que ele tenha uma boa qualidade de vida.
- Cuidado com o peso do seu cão, pois os medicamentos prescritos aumentam o apetite.
- Evite estresse e mudanças em seu pet.
- Continue caminhando com ele, levando em consideração qualquer cansaço.
- Nunca interrompa o tratamento médico sem orientação profissional.
- Durante as crises, proteja a área e deixe seu pet se acalmar.
dicas inteligentes
Não acasale com um cachorro que sofra de epilepsia idiopática, pois a doença será transmitida aos filhotes.
Esterilize sua cadela se ela for epiléptica, pois o período de cio intensifica as convulsões.
L.D.